A profissionalização dos criadores de conteúdo avança com força no Brasil, especialmente fora dos grandes centros urbanos. No Piauí e em outras regiões do Nordeste, blogueiros já se tornaram figuras-chave na comunicação digital local — e com isso, cresce também a discussão sobre formas de gerar renda com conteúdo. Entre as principais estratégias de monetização, duas se destacam: vender produtos próprios ou divulgar marcas parceiras. Ambas funcionam, mas exigem caminhos diferentes e planejamento claro.
Divulgar marcas por meio de publiposts, stories patrocinados ou campanhas sazonais é, ainda hoje, o modelo mais adotado. O criador empresta sua credibilidade a um produto ou serviço, geralmente de empresas locais ou regionais, e é remunerado por isso. A vantagem está na praticidade e no reconhecimento imediato. No entanto, a exigência das marcas por métricas e engajamento impõe ao blogueiro o desafio de manter uma audiência ativa e qualificada.
Por outro lado, vender produtos próprios — como roupas, cosméticos, e-books, cursos, canecas personalizadas ou até serviços — representa mais autonomia e lucros recorrentes. Muitos criadores já transformaram seus perfis em verdadeiras vitrines, unindo influência à geração direta de renda. Esse modelo, porém, exige mais estrutura, investimento inicial e domínio de ferramentas de venda, logística e atendimento.
A melhor escolha depende do perfil do blogueiro, do nicho de atuação e da relação com o público. Em muitos casos, a combinação das duas estratégias tem se mostrado eficaz: enquanto as parcerias sustentam a visibilidade, os produtos próprios constroem um negócio duradouro. O mais importante é entender que o conteúdo é um ativo valioso — e que monetizá-lo com responsabilidade e estratégia é um passo essencial para transformar influência em carreira.