Com o crescimento da profissão de criador de conteúdo no Brasil, muitos influenciadores, blogueiros e produtores digitais passaram a enxergar suas redes sociais como um negócio. No entanto, apesar do aumento da visibilidade e das oportunidades de monetização, ainda são poucos os que tratam sua atuação com o rigor financeiro necessário. Sem um bom planejamento financeiro, o risco de instabilidade, dívidas e queda de desempenho se torna real mesmo para quem tem muitos seguidores.
Diferente de um salário fixo, a renda de quem vive de conteúdo varia mês a mês. Publicidades, vendas, campanhas e parcerias nem sempre são recorrentes, e isso exige disciplina. Separar as finanças pessoais das profissionais é o primeiro passo. Ter uma conta bancária específica para o “CNPJ da influência” ajuda a entender melhor quanto se ganha, quanto se gasta e quanto se pode investir no próprio crescimento.
Outro ponto essencial é prever os períodos de baixa. Assim como no comércio, o mundo digital também tem sazonalidades há meses com mais campanhas, como novembro (Black Friday) e dezembro (Natal), e outros mais fracos. Criadores bem organizados reservam parte da renda dos meses fortes para atravessar os períodos de menor demanda sem comprometer o padrão de vida ou os projetos.
Investir em formação, equipamentos e divulgação também faz parte do planejamento. Criadores que controlam seus custos, estudam estratégias e organizam seus ganhos têm mais chances de crescer de forma sustentável. Afinal, viver de conteúdo é possível mas exige a mentalidade de quem entende que, por trás da tela, existe uma empresa que precisa ser bem gerida para prosperar.